SALSA: A ERVA BÁSICA DE CADA DIA

Quem gosta de cozinhar sabe que a salsa é um condimento básico e indispensável numa cozinha. Como erva universal é bastante utilizada em peixes, carnes, saladas, sopas e até mesmo em chás devido ao seu efeito diurético. Bastante resistente a mudança de temperaturas, a planta não exige muitos cuidados. Contudo o que fazer quando se descobre que um molho de salsa custa o mesmo que meio quilo de frango? Simples: semeia-se!

Ficha Técnica

Origem: mediterrâneo sul.
Espécies mais comuns: petroselinum crispum crispum e petroselinum crispum neapolitanum.
Nomes mais comuns: salsa, cheiro-verde, salsa-das-hortas, salsa-de-cheiro, cheiro.
Altura: até 25 cm de altura com talos que podem exceder 1 m.
Germinação: em torno de 15 dias.
Manutenção: simples.
Substrato: razoavelmente drenado.
Localização: sol pleno em regiões frias e à meia-sombra em regiões de clima quente.

Como Cuidar

As que eu tenho: são da espécie p. c. neapolitanum e p. c. crispum, a primeira conhecida como salsa de folha lisa, e a segunda de salsa de folha crespa.  São nativas da Itália, Argélia e Tunísia, mas amplamente cultivadas no mundo inteiro. 

Plantio

Não sigo nenhum calendário de plantação. Como moro em apartamento e a varanda funciona como estufa, tenho liberdade de semear durante todo o ano,  mas de acordo com o que pesquisei: para regiões onde o inverno não é rigoroso, a melhor época é de março a setembro, todavia, em locais onde o inverno é rigoroso, evitar a semeadura nos meses frios. Semear sempre em canteiro definitivo, com as sementes enterradas em aproximadamente 0,5 cm e espaçamento de 1 cm. Sei que há uma técnica para plantar/semear salsa já adulta deixando-a de molho em água até criar raízes, mas nunca tentei, então não sei como funciona.

Localização

Como me encontro em Portugal mantenho a minha salsa sob iluminação direta constante do sol durante o outono/inverno para evitar que o solo fique muito húmido e dê fungos. Já na primavera/verão deixo em local ensolarado.

Rega

A salsa tem pânico de solos encharcados! O excesso de rega trará fungos que cobrirão a terra com uma espécie de penugem branca (aconteceu comigo); portanto antes de aguar, verifique sempre a humidade do solo com um medidor especifico ou faça como eu e use a técnica do dedo: coloque um dedo na terra – se esta não ficar colada ao dedo é sinal que está seca e precisa de água, mas se a terra grudar, ainda está húmida, desse modo a rega não se faz necessária. Jamais regue a salsa por cima molhando as folhas, isso irá fazer com que as mesmas fiquem queimadas, apresentando um aspeto malhado, como ocorreu com as minhas (inexperiência faz disso). Há quem prefira deixar água no prato da salsa e ir repondo quando a própria absorve. Eu não gosto da ideia porque no verão cria pequenos insetos, e a solução para evita-los é pingar umas gotas de lixívia na água, o que a meu ver pode alterar o sabor da erva, por isso prefiro dosar as regas de acordo com a humidade terra.

Adubação

Particularmente não gosto de adubar ervas aromáticas, já que as mesmas duram poucos meses e em estado normal – sem pragas – rebentam constantemente. Mas caso opte por adubar utilize a cada 15 dias fertilizantes a base de húmus de minhoca ou compostos orgânicos caseiros, como borras de café. Isso deve ser suficiente para manter as raízes da planta nutrida.

Colheita

Deve ser feita entre 80 a 90 dias após a semeadura. Colher de forma correta a salsa pode ser chatinho, mas compensa. Corte rente da terra, isto é, na base da planta e apenas os caules compridos e que apresentarem mais que três grupos de folhas. Isso fará com que volte a crescer e você tenha salsa nova o tempo inteiro. Ah, mas porque não cortar os caules menores e com poucas folhas? Simples: embora mais saborosos, ainda estão fracos e o seu corte pode prejudicar o crescimento de nova folhagem (passei por isso e tive que semear novamente). Quando for efetuar o colheita aproveite e arranque as folhas secas. Apenas puxe delicadamente e sem receio que sairão, pois é salsa velha e morta, desse modo impedirá que se enrosquem na que irá nascer. Eu limpo a minha todas as semanas, assim quando colho evito de trazer salsa seca misturada com a verde.

Pragas e Doenças

As principais pragas que atacam a salsa são: lagartas, vaquinhas, pulgões e cochonilhas. Já as doenças fúngicas mais comuns são a esclerotinia, septoriose, mancha de Alternaria e o mofo-cinzento (esse safado). Solução: a base de tratamento é sempre a mesma – aplicação de um fungicida ou inseticida específicos nas folhas afetadas, já que cortar a parte doente pode não ser suficiente e ainda corre-se o risco de contagiar as plantas vizinhas. O que eu faço? Por ser erva e frequentemente consumida por mim em saladas (sem ser cozinhada) arranco pela raiz e jogo fora. Caso a terra apresente moléstia pulverizo de leve com um inseticida universal  e deixo repousar ao sol por um mês. Funciona comigo e ainda não me intoxiquei hahaha. Lembrando que pulverizar não é encharcar o solo.
Fontes:  Jornal Agrícola e Wikihow

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