Curiosidades sobre o processo de criação de “A Princesa Desencantada”

A Editora Trebaruna fez-me algumas perguntas curiosas sobre o processo de criação de “A Princesa Desencantada”. Espero que gostem e fiquem mais próximos das minhas peripécias de escrita.

  • TR. No geral, como foi escrever o seu livro?

IS: Foi muito satisfatório escrever “A Princesa Desencantada”, não só pela criação do Reino de Gastón, país imaginário, como também, pelo desenvolvimento dos personagens, imprimir características únicas, trabalhar nas ligações interpessoais, assim como nos subenredos. Foi uma experiência diferente, pois ao mesmo tempo em que queria estrear-me no chick lit, com um toque fantástico na comédia romântica, pretendia dar profundidade aos cenários, tornando-os plausíveis; o mesmo para criar empatia dos leitores para com os personagens.

  • O que mais gostou de escrever no seu livro?

IS: Sem sombra de dúvida, a parte de comédia. Senti uma jubilação enorme em criar as atrapalhações e cenas de humor ao longo do livro, em particular as da Bia, protagonista, tendo soltado várias gargalhadas, enquanto o fazia (ainda solto sempre que releio).

  • Quais foram as maiores dificuldades na escrita do mesmo?

IS:  Possivelmente, o facto de que eu saí da poesia para a prosa, associado à criação do Reino de Gastón. A mudança do género literário deixou-me com o pé atrás. Tinha muitas dúvidas se conseguiria completar o livro. Já o Reino de Gastón exigiu que eu mergulhasse em história, geografia, política, entre outras coisas, de forma a que se tornasse verossímil. De um lado eu certava com dificuldades para escrever prosa, criar enredos e personagens, do outro, para desenvolver um país fictício.

  • Se pudesse, mudaria alguma coisa na sua história, acrescentaria ou tiraria algo?

IS: Depois de trabalhar na história por mais de uma década, sinto que a última versão alcançou o seu objetivo narrativo, tanto a nível de formato em diário como no conteúdo. Gosto do resultado, não faria mais alterações.

  • Planeia fazer uma sequela de “A Princesa Desencantada”?

IS: Tenho pensado nisso. Muitos leitores perguntam-me sobre a possibilidade de dar seguimento às peripécias da Bia e do resto dos cromos. Para já, iniciar a escrita da continuação não está nos meus planos, porém a semente já foi plantada e a ideia tem crescido.

  • Pretende passar alguma mensagem aos leitores ou futuros leitores de “A Princesa Desencantada”?

IS: Com certeza! A principal é: cuidado com o que desejas. É que às vezes, o que procuramos pode vir bater-nos à porta, mas como estamos à janela acabamos por nunca sair à rua. É uma mensagem acerca de expectativas, de mente versus coração. Do cuidado com as aparências, porque em muitas das ocasiões, não são mais do que isso. Mas é igualmente importante perceber a partir de que momento estas deixam de ser saudáveis e ter a força para mudar.

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