Empós de ti,
Passei a duvidar de mim.
Não apenas de quem sou,
Mas também de quem fui.
Arruinei todo meu orgulho.
Cega, entreguei-me à dor.
Nada mais me pareceu real;
A não ser, a agonia que dilacera.
Que vive em mim e que de mim se apodera.
Eu perdi o meu juízo,
Sobrevivi à beira do abismo
E me entreguei ao derrotismo.
Descobri que nada tenho.
Que sou uma mísera indigente,
Um espectro deprimente.
Não existo! Nada sou!
Minha vida acabou!
Tudo isso – empós de ti.