A mim acuso por meu sofrimento.
Dessa forma, carrego junto a dor.
Nas palavras sofridas, amargor.
Minha vida medíocre lamento.
Causadora do nosso afastamento,
Culpada pelo eterno desamor,
Sobrevivo num mundo repressor.
Eu sou enteada leal do esquecimento.
Pusilânime sigo una, sem sorte.
Delinquente que sou, busco sumir.
Afinal, é mais fácil que assentir.
Tola que sou, vou; sem me despedir.
Nada dirás: desejas meu partir.
Caminho condenada. Pena: morte.