“A Princesa Desencantada” lançamento
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A escritora que tem em seu currículo, entre outros cursos, o bacharelato em Direito. Além de escrever (prosa e poesia) também trabalha com edições de livros. Em entrevista ao jornal A Pátria falou do impacto da covid-19 na literatura e à falta de investimento e incentivo por parte do Ministério da cultura. Eis os ‘respigos’
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A mim acuso por meu sofrimento.Dessa forma, carrego junto a dor.Nas palavras sofridas, amargor.Minha vida medíocre lamento. Causadora do nosso afastamento,culpada pelo eterno desamor,sobrevivo num mundo repressor.Eu sou enteada leal do esquecimento. Pusilânime sigo una, sem sorte.Delinquente que sou, busco sumir.Afinal, é mais fácil que assentir. Tola que sou, vou; sem me despedir.Nada dirás: desejas
Por capricho, quis-te;e, nesse querer, apaixonei-me.Na paixão, encontrei-te;e, no encontro, amei-te.No amor, magoei-me;e, na mágoa, perdi-te.
Apesar da aparente paixão e afeição que me davas,das palavras de desejo e amor que me destinavas,era a solidão que me gritava por todos os cantos.A agonia de sofrer, ainda que acompanhada.O isolamento que se transformava em prantos. Mesmo quando teu sentimento parecia me entregares,que dizias tua sina e vida a mim cegamente confiares,inda era
Por que partiste sem dizer, não sei.Saíste, com a mala, de improviso.Porque fiquei sem saber, não direi.Mas uma coisa, meu amor, aviso: Não me voltes sem paixão por mim nova,não ouses buscar-me sem objetivo.Corres risco de levar grande sova;uns certeiros pontapés com motivo. Tua vida interesseira seguiste.Meu modesto destino abandonaste.Nossos sonhos, planos e amor mataste.
A ti meu dono: a renúncia! O amor não se encontra, o êxtase não se anuncia. A cobiça dantes morreu! O tempo desencontra, e o nós nunca viveu…
É do conhecimento geral que gosto não se discute – o que é belo para um é feio para outro – assim como não existe um consenso sobre o conceito de beleza: alguns acreditam que a beleza interior prevalece sobre a exterior, outros pensam o contrário, mas que tal um breve apanhado sobre a etimologia
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Procuro-te tanto porque A veemência e o doce dos nossos beijos Hoje têm o gosto amargo da saudade. As risadas ingénuas, alegres e sinceras São agora como o êxtase dos mortos: Silêncio puro. E os nossos corpos nus, ardentes, perfeitos? Ah! Esses pobres! Desonrados, excitados, Também não se fundem mais. Assim como nós, são apenas